quinta-feira, dezembro 31, 2009

Por que sou José Francisco?



E por falar em nomes...

O texto abaixo foi publicado em uma lista de discussão da Internet. Eu havia perdido esse texto. Mas, graças a uma amiga muito querida, a Vera Coelho, de Fortaleza-CE, que o salvou e guardou, eis o texto. Obrigado, Vera.

Também foi publicado, aqui no Blog, em 2007. Pelo significado da data, ao menos para mim (hehehehehehe), torno a postá-lo.

A diferença para a postagem de 2007 foi a falta da foto de meus pais, namorando na praça. Naquela época (2007), por um desentendimento com o Bill Gates, não consegui colocar a foto. Hoje, melhor instruído e mais acostumado com os mistérios da internet, aí vai a foto de 1935, de meus pais namorando em uma das praças de São Carlos-SP.

Só a comentar que, em 2005, por ocasião dessa publicação, minha mãe ainda era viva. O falecimento ocorreu neste ano de 2007, na madrugada da terça-feira de carnaval para a quarta-feira de cinzas. Minha mãe simplesmente “apagou”, sem nenhum sofrimento físico, um mês antes de completar 90 anos de idade. Se ela fosse viva, no último dia 21 de dezembro, os dois comemorariam 70 anos de casados.

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Isto eu já contei, aqui. Mas, como tenho um amor muito grande pelos meus pais (graças a Deus), vou contar de novo, agora para os que chegaram há pouco na lista. Os velhos de lista, se acharem que estou muito repetitivo, estão autorizados a pular esta mensagem e ir para a seguinte.

OS AMELIOS

De tardezinha, a Amelia, mocinha ainda muito novinha, ia depositar o dinheiro da féria do armazém de meu avô lá no Banco de São Paulo S/A, na Avenida São Carlos. Se o italiano soubesse o que se passava no banco... Mamma mia!!!...

No banco, tinha um caixa, novinho, mas bem jeitosinho, que logo botou os olhos na Amélia. E a Amélia, lógico, bem que gostou da história. E a paquera muda continuou por muito tempo. Naquela época não era como hoje. Hoje, na hora, o rapaz chega na garota, nem pergunta o nome, e já vai dizendo: "E aí, mina! Van'ficá?" Isso, se "mina" já não for gíria de passado muito remoto. Eu não consigo mais acompanhar o desenvolvimento da juventude. Agora, logo ao primeiro olhar, se o rapaz não fala nada, é a própria garota que o convida para "ficar". E, ela, também, se esquece de perguntar o nome dele. Mas, parece, esse detalhe, hoje em dia, não é muito importante.

Mas, naquela época diferente, a troca de olhares lânguidos durava meses! Um dia, ele se encheu de coragem e foi falar com ela. Mas a coragem só dava para isso: falar com ela! Para começar a namorar precisava de muita, muita coragem a mais! Mas a coisa toda estava bem encaminhada. E eu sou uma das provas de que tudo deu certo! Mas, quando os dois se apresentaram, ela entendeu o nome dele errado: Américo. A partir disso, era Amélia e Américo. Até o dia em que ele se armou de coragem, mais uma vez, e disse a ela que não era Américo. O nome dele era Amélio! Aí, ela se espantou: "Mas eu achava que eu era a única pessoa com esse nome!" Não deu outra: casaram-se, em 1939, depois de vários anos de namoro e noivado, também costume, na época.

O primeiro filho, eu, demorou um pouco. Eu nasci na virada do ano, em 1º de janeiro de 1942. Existem algumas tentativas de explicação para essa data. Alguns dizem que minha mãe tomou um susto com o estouro de fogos de artifício que comemoravam o novo ano, e... eu nasci.

Outros já tem uma versão diferente, minha preferida. Naquela época, começando às 23,45 horas, nós tínhamos, aqui em São Paulo, a famosa Corrida Internacional de São Silvestre. Vinham atletas do mundo todo disputar a prova, que se prolongava até os primeiros minutos do novo ano. Era uma coisa tradicional (que a Rede Globo sepultou, transferindo a corrida para o dia 31, à tarde, em benefício de seus programas de finais de ano, com suas Xuxas e Faustões da vida!). Todos comemoravam a entrada do ano novo, acompanhando, pelo rádio, a corrida de São Silvestre. Lógico que todos torciam pelos atletas brasileiros, mas estes... só foram ganhar, pela primeira vez, já nos anos setenta. E, na virada de ano 1941/1942, mais uma vez, o Brasil perdeu a prova. Aí, para compensar, dando uma imensa alegria a todo o povo brasileiro, depois da corrida, eu nasci!

Naquela época (quanta diferença!), só se sabia se era menino ou menina quando a criança nascia. Quando muito, faziam a tal simpatia da agulha para tentar saber o sexo. Mas, a agulha também não entendia muito do assunto. E eu nasci menino! Não tenho nada contra as mulheres! Muito pelo contrário! Mas, não me arrependo de ter nascido menino. A Nina também é favorável ao fato de eu ter nascido menino.

Depois do nascimento, começavam os palpites: "Vai chamar-se Antonio", "Eu prefiro Artaxerxes!", "Vocês estão doidos? O nome é AMÉLIO! AMÉLIO Junior!". Eu, lá no meu bercinho, vendo toda aquela discussão entre tios, tias, avós, comadres... E já imaginando horrorizado: "Vou ficar conhecido como Amelinho!!! Essa não!" Me dava um desespero, que logo começava a chorar. Aí, minha mãe terminava com a discussão: "Todo mundo prá fora! Ele está com fome e precisa mamar!" E, para sorte minha, meus pais decidiram que eu teria um nome diferente.

Eu escapei. Minha irmã, não! Ela pegou o nome Amélia. Só que, como era costume na época, acrescido de um Maria: Maria Amélia! Até que ficou bonito. Eu acho!

Mas, a história nada tem a ver com minha irmã. Voltemos, pois, a dois anos e alguns meses antes. O meu nome! E meus pais resolveram, para o primeiro filho, homenagear meus avós paternos: Francesco e Giuseppina Catharina. Porém, de forma aportuguesada: Francisco, Catarina. Novamente, fiquei apavorado com aquela conversa de nomes: "Como irão me chamar?" E, na minha imaginação muito nova, pós-parto, pensei em uma combinação de nomes que me apavorou. Só não fiquei de cabelos em pé, porque nasci careca (acho!). No meu raciocínio, eu não percebia como iriam homenagear minha avó, que só tinha nomes femininos: Josefina Catarina. Eles não seriam tão doidos de darem a mim, um legítimo homenzinho, o nome de Catarina! Ou Josefina! Pensando bem, meu nome nem poderia terminar com a letra "a". O que meus coleguinhas iriam comentar de mim, na escola, embora isso ainda fosse um problema longínquo? E continuei matutando: Francisco Josefina? Nem pensar! Francisco Catarina? Nem sei qual o pior! Aí, no meu raciocínio, pensei: e se eles pegam uma parte do nome do meu avo e outra parte do nome de minha avó e formam um nome novo? Poderia dar certo. Mas, para
isso, seria necessário que a parte do nome de minha avó viesse primeiro, para evitar a terminação em "a" do nome novo. E eu pensei: pega-se uma parte do nome de minha avó: Cata, de Catarina. E, uma parte do nome de meu avô: Cisco, de Francisco. Juntando-se as duas partes, deve ficar original e bonito: Catacisco!

Catacisco??? Não!!! Pode esquecer. Nessa altura, virei para o outro lado e adormeci. Enquanto dormia, sem minha participação, meus pais resolveram meu nome: masculinizaram o nome de minha avó e acrescentaram o nome de meu avô. E foi assim que eu fiquei José Francisco. Muito prazer!

JF

(publicado na lista NESO de discussão pelo Yahoo, aos 04/06/2005)

segunda-feira, dezembro 21, 2009

CRIANÇA TEM CADA UMA!

Diálogo de minha sobrinha com a filha (Marcela) de três anos. A diferença, entre nós e eles, é que já nasceram na "era da informática".

(M/sobrinha): “Filha, por que você está pegando mais brinquedos se já tem muitos espalhados? Guarde os espalhados, antes de pegar outros.”

Marcelinha reflete e faz um balanço da situação.

(Marcelinha): “Mãe, vamos brincar de mamãe e filhinha?”

(M/sobrinha, curiosa): “Vamos! Quem vai ser a mamãe e quem vai ser a filhinha?”

(Marcelinha): “Eu sou a mamãe e você é a filhinha!”

(M/sobrinha, querendo ver onde aquilo iria parar): “E como é que a gente brinca?”

(Marcelinha, imperativa): “Filhinha, não quero brinquedos espalhados! Guarde já esses brinquedos!”

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Pessoal, na quarta feira passada, um temporal aqui em Itatiba e cidades da região deixou-me isolado, sem internet e sem telefone. Ao contrário do ano passado, quando fiquei 20 dias sem internet e um mês sem telefone, desta vez o conserto foi mais rápido e já está tudo restabelecido. E, assim, feliz, volto à net!

Prosseguindo com a série “O primeiro, ninguém esquece”, já tenho a história da primeira impressora (e os respectivos dissabores) pronta. Entretanto, preferi trazer o diálogo de minha sobrinha e a filha. A impressora fica para a semana que vem, após o Natal.

As fotos desta postagem são de orquídeas espalhadas pelas árvores do sítio, da espécie Oncidium flexuosum, o popular “pingo de ouro”. São plantas que instalei em árvores há mais de trinta anos e que, nos meses de outubro e novembro, produzem um efeito bastante colorido e alegre.

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FELIZ NATAL! FELIZ 2010!


Na 4ª feira, Luciana (Eeepaaa...) e Vagner, com nossas netas Juliana e Vanessa, já estarão por aqui, para o Natal e Ano Novo. Também virão o Adriano e a Paçoca ("cãzinha"). Na noite de Natal, estaremos reunidos na casa da Maria Amélia, minha irmã, com todos os seus filhos, maridos, nora, netos, além de familiares de seus genros e nora. Como acontece desde os nossos primórdios no sítio, lá pelas tantas aparecerá o Papai Noel. Dizem, alguns, que é meu cunhado disfarçado. Mas, como ainda credito em Papai Noel, acho que não é o Paulo, embora a voz seja extremamente parecida.

Na virada do ano, os familiares de minha irmã, como de costume, irão para o litoral. Nós, como de costume, ficaremos por aqui e estaremos recebendo parentes e amigos.

Desde já, desejo a todos os bloqueiros e não blogueiros que costumam passar aqui pelo "blogdojf", costumeiros ou não, e também para aqueles que não passam por aqui (embora não sei como saberão, mas a intenção é que vale!), um feliz Natal e um 2010 pleno de muita paz, muita alegria, muita saúde, muita realização, felicidades, enfim, e também com um bom dinheiro (que isso ajuda! hehehehehehe).

Abração,
JF

quinta-feira, dezembro 10, 2009

O PRIMEIRO... A GENTE NUNCA ESQUECE!

O primeiro que? Depende de cada um. Para uns, a primeira bicicleta. Para outros, o primeiro amor. Tinha até a mocinha, na TV, que não esquecia seu primeiro sutiã. Lembram? Um comercial de TV muito marcante, recebeu prêmios no exterior, pela criatividade.


Bom, vou iniciar aqui uma série de postagens sobre alguns dos meus primeiros: meu primeiro computador, minha primeira impressora, meu primeiro “vírus de computador”.


Meu primeiro computador foi adquirido ali por 1986 ou 1987. Na época, eram caríssimos. Assim, o primeiro foi um CCE, de 2ª mão, comprado lá na Rua Santa Efigênia. Eu não queria comprar, pois achava que essas coisas eram para os jovens e eu já era velho demais. Foi a Nina que insistiu.

Na verdade, não é do primeiro e sim do meu segundo computador que quero falar.

A Nina já vinha mexendo em um micro-computador, no escritório de um cliente, e estava animadíssima. E foi ela que me ensinou os primeiros passos no nosso novo micro velhinho. Também fiquei animado e resolvi que precisávamos, para nossos trabalhos, de dois micro-computadores. Máquina de escrever já era! Mas, e o preço? Não podíamos comprar um novinho, à vista. Consórcio! Consórcio de um micro-computador novíssimo Itautec, uma máquina XT que rodava com o DOS 3.0 (bisavô do Windows!), pagável em 24 parcelas. Evidentemente, contávamos em sermos sorteados logo nos primeiros meses.


Sorte rima com forte, porém, sorte nunca foi o meu forte! Os meses foram passando, o primeiro ano, e nada de ser sorteado. Finalmente! Saiu o número, de acordo com o sorteio da Loteria Federal. Saiu? Saiu! Mas não levei! Os postalistas (pessoal que trabalha nos Correios) haviam entrado em greve. Não recebi o boleto bancário e não paguei. Estava inadimplente! Fui um dos últimos a receber o micro-computador, naquele grupo.

Hoje em dia, os computadores já vem equipados com HDs de 300 GB e até mais. Naquela época, os computadores podiam funcionar sem HD. Mas, era bem mais cômodo instalarmos esse periférico, cujo nome era “winchester”. Pois o tal de “winchester”, um equipamento pesadíssimo, quase do tamanho e parecido, menos na cor, com um presunto Sadia (sem fatiar), adequado para aquele Itautec, tinha a capacidade de 20 MB. Um assombro!


Só que, passados quase dois anos que eu havia adquirido o equipamento, esse tipo de “winchester” já era superado e não era mais encontrado no comércio. Porém, sempre temos um amigo disposto a ajudar, não é mesmo? O filho de um cliente morava nos Estados Unidos e trabalhava, lá, com informática. Depois de alguns meses procurando, conseguiu encontrar uma peça usada, em muito bom estado, e a trouxe para o Brasil, para minha alegria. Nessa ocasião, já estavam completando dois anos e meio que eu me encantara e resolvera comprar o tal Itautec. Evidentemente, nessas alturas, 1990, o Itatutec era o meu segundo computador, na ordem de compra, mas, na ordem de uso, já era o meu terceiro ou quarto. Afinal, como dizia o filósofo Adoniran Barbosa, “esperar mais de vinte minutos, quem é que agüenta!”


Pois bem, esse meu cliente pediu a uma funcionária que levasse o tal “winchester” ao meu apartamento. Quando ela chegou, o Adriano, meu filho, abriu a porta. A menina deve ter ficado extasiada com o que viu (verdade que sou coruja, mas, sinceramente, meu filho é um “gatão”) e esqueceu que estava segurando meu tão esperado “winchester”. Ficou olhando, de boca aberta, para a cara do Adriano e largou o pacote. O barulho dele, caindo no chão, ecoou pelo prédio inteiro.


Nem preciso contar, não é mesmo? O “winchester” não funcionou. Tentei ver se tinha conserto. Não tinha! Obviamente, meu cliente não soube o que aconteceu. Quanto ao Adriano, recomendei que quando fosse abrir portas, novamente, que se despenteasse e fizesse caretas.


Quanto ao meu micro-computador Itautec, já estava tão ultrapassado, passado esse tempo todo, que virou sucata mesmo sem ter sido usado. Nem lembro mais como foi que me desfiz dele. O certo é que nunca o usei.


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Aí ao lado, duas fotos de um Dendro-
bium calciolarium (sinônimo: Dendrobium Moschatum) florido, há poucos dias, em uma árvore, aqui no sítio.

Coloquei essa planta na árvore uns vinte e poucos anos atrás.

Muitas mudas já foram feitas e instaladas em outras árvores.

Para aqueles que gostam de orquídeas, recomendo uma excelente lista de discussão desse assunto, a lista "Orquídeas-Mundo Orquidófilo". Pouco mais de 2.300 associados, de quase todos os estados brasileiros, do continente americano (da Argentina aos Estados Unidos), e até alguns da Europa e África. A maior lista de discussão de orquídeas em língua portuguesa e com um moderador muito competente (eu acho!!!).


Daqui para frente, pretendo, em todas as postagens, colocar algumas fotos e noticiar eventos ligados à orquidofilia.

Os curiosos devem estar se perguntando: e quem é o competente moderador da lista "Orquídeas-Mundo Orquidófilos"?

A modéstia me impede de dizer! Hehehehehehe!



Para ingressar nessa lista, basta acessar


orquideas-subscribe@yahoogrupos.com.br
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Abração e até à próxima.
JF

terça-feira, novembro 10, 2009

A vida prega cada peça!!...

Gentes,

E como a vida prega peças!

Aqui no escritório, existem algumas lagartixas bastante arredias. Sempre se escondem, se aparece alguém. Uma delas, entretanto, a maior e mais gorda, parece que já se acostumou comigo e fica rodando por aqui, enquanto eu permaneço no computador. Deve ter percebido que sou um protetor delas!

Esta noite passada, ela estava perto da janela, bem na minha frente. Pois não é que aparece uma borboletinha, na janela? Sou sincero com vocês! Acho que era uma borboletinha bem apetitosa, pelo menos para os padrões lagartixais. Se eu fosse uma lagartixa, com certeza gostaria de comer aquela mariposinha.

Não deu outra! A lagartixa percebeu a borboleta e iniciou as manobras de aproximação. Dava umas corridinhas de uns vinte centímetros e parava, estática. E a borboleta, no mesmo lugar. A lagartixa dava outra corridinha e parava. E a borboleta, lá, firmona, como se a coisa toda não fosse com ela. Até que a lagartixa chegou bem perto.

Depois de avaliar bem a situação, a lagartixa deu um bote. Falhou! Deu ums segundo bote. E a borboleta no mesmo lugar.

Falhar duas vezes e, ainda, perceber que a borboletinha não estava nem aí? Era demais! A lagartixa reviu toda a situação. Percebeu que seria impossível pegar a borboleta que estava do lado de fora, do outro lado do vidro, e foi-se embora procurar outro inseto.

Uma pena! Era uma caça tão fácil e apetitosa, apesar de ser suficientemente viva para saber que estava inatingível, atrás do vidro protetor.

Abração,
JF

terça-feira, julho 28, 2009


Exposição de Orquídeas de Vinhedo/SP e o "Família Jacaré"



Oi, pessoal!

Ando sumido, não é mesmo? Mas, vou retornar em breve.

Hoje, é apenas para convidá-los para a 10ª Exposição Nacional de Orquídeas de Vinhedo/SP, realização do Clube Amigos da Orquídea-CAO ViVa, com o apôio da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Vinhedo.

Local: Memorial Brasil-Itália, Vinhedo/SP.
Datas: 08 e 09 de agosto próximos, das 8 às 18 horas, entrada franca.

Durante o evento, serão ministradas aulas de cultivo de orquídeas.

No sábado (8), às 16 horas, haverá a apresentação do grupo musical "Família Jacaré", em "150 anos de música brasileira". Para quem não sabe, o "Família Jacaré" somos nossa filha Lu Farias (Eepaaa...) e o marido Vagner, nossas netas Juliana e Vanessa, a Nina e eu.


Para terminar a blogagem, e para que ninguém reclame que eu não contei uma historinha, aí vai:

O "CORAL DO JACARÉ"


Abril/2007. Esse era o nome de nosso grupo, na época e desde quando surgimos, sob a direção do Tato Fischer (ex-pianista do grupo Secos e Molhados).

Era um sábado e deveríamos nos apresentar em um coreto, no Parque Municipal de Vinhedo, às 9,30 da manhã, durante a realização da 8ª Exposição Nacional de Orquídeas de Vinhedo. A apresentação duraria uma hora, pois às 11 horas haveria uma palestra especial para os orquidófilos. Antes da apresentação, deveríamos fazer os testes de som.

A Secretaria de Turismo, como já ocorrera em evento anterior, ficou de providenciar todo o equipamento de som necessário.

Às nove horas, como o combinado, lá estávamos para os testes. Porém, não apenas o equipamento sonoro não havia sido instalado, como acabava de chegar. Do caminhão-baú foram tirando caixas e mais caixas de som, caixas de retorno, enorme quantidade de cabos, uma imensa mesa de controle de som, e inúmeros microfones e pedestais. Nós, sem saber o que estava acontecendo, ficamos assistindo a tudo aquilo. Terminaram de montar às 10,30 horas e, em seguida, iniciamos os testes de som. Só não entendíamos a enorme quantidade de microfones. Optamos por cantar com apenas oito microfones. Os técnicos, atônitos, perguntaram:

"Mas, não é um coral? Nos pediram equipamentos para UM coral!"

Foi a partir disso que resolvemos mudar o nome do grupo (seis) de "Coral do Jacaré" para "Família Jacaré".

Como foi a audição?

Ah, sim! Só cantamos três músicas e precisamos interromper para dar lugar à palestra.

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Todos os leitores estão convidados para a exposição de orquídeas, no Memorial Brasil Itália, e para a apresentação do "Família Jacaré", no teatro de arena instalado nos jardins do mesmo Memorial. Para quem não conhece, Vinhedo/SP está na altura do Km 75 da Via Anhanguera, entre Jundiai e Campinas. Ou, mais precisamente, entre Louveira e Valinhos.

Abração,
JF

sexta-feira, abril 24, 2009

Receita para um casamento perfeito e duradouro

Pessoal,

As duas mensagens abaixo foram publicados na lista de discussão NESO (do Yahoo).


RECEITA PARA UM CASAMENTO PERFEITO E DURADOURO

Candido,

Obrigado pelo elogio. Mas o nosso casamento não podia dar errado. Existem três premissas que nós seguimos direitinho:

1-Certesa do par perfeito

Antes de namorar a Nina, namorei uma amiga dela por quatro meses. Ou melhor: um período de uns 30 dias, dois meses e meio sem um olhar na cara do outro, 15 dias de "volta". A Nina fazia o papel da "intermediária confidente", que tentava arrumar a situação entre os dois (será que a malandrona tentava mesmo?). Até que poderia dar certo, pois nós éramos iguais: os dois capricornianos! Mas, era a única coisa que combinava. Se tivéssemos prosseguido, hoje, um estaria na cadeia e o outro no cemitério.

Com a Nina, não! Somos totalmente diferentes um do outro. Eu, como todos sabem, sou introspectivo, caladão. Já, a Nina é totalmente expansiva, muito falante. E isso é uma certesa de que o casamento dará certo. Veja bem: a característica do introspectivo (eu) é não falar, só ouvir. Já o extrovertido (ela): não ouve, só fala. É isso! Fica impossível uma briga, quando um só fala e o outro só ouve!

2-Casamento na Hora Certa

As pessoas devem perceber o exato momento de se casarem. Se o casamento acontecer em momento errado, estará fadado ao insucesso.

Na primeira vez que eu fui à casa da Nina, convidaram-me para lanchar. Eu, lá, afundado em uma cadeira, sendo atentamente observado e devidamente avaliado pelo avo dela, pelos pais dela, pelos 37 primos dela, pelos 28 tios dela. Meu cunhado, como era meu amigo e não queria cair na gargalhada, sumiu e não lanchou em casa. Bom, com toda aquela gente olhando para a minha cara e sorrindo, querendo mostrar benevolência, a mãe dela me pergunta:

"Gosta de chá?"

Suspense! Eu, lá em baixo, afundado na cadeira. A platéia sem respirar, esperando que eu, afinal, falasse alguma coisa e eles pudessem perceber minha vóz. A sogrona, lá no alto, com um baita bule fumegante na mão, uns 30 cm acima da minha cabeça. Já pensaou? Eu vou falar que não gosto? Qualquer descuido meu e ela vira aquele bule de chá fervente prá cima de mim. Não na cabeça, mas um pouco na frente, para que caia exatamente "lá", deixando-me "desprovido" para sempre.

"Com bastante açucar, por favor!"

Toda a assistência sorriu satisfeita. Eu fora aprovado! Resignado, tomei três chícaras cheinhas de chá. Com bastante açucar, diga-se de passagem!

Foi minha condenação! Durante todo tempo de namoro e noivado, todo sábado, domingo e feriado, e às vezes quando eu ia lá durante a semana, invariavelmente, lá vinha o indefectível chá! Namorado (e noivo) sofre!

Depois de quatro anos e meio, um dia o pai dela me aparece na frente com um calhamaço de folhas de papel.

"Sabe o que é isso?"

"A folha corrida criminal do Fernandinho Beira-Mar?" Tentei fazer uma piada, mas ele não riu.

"Não! É a conta dos lanches que você já tomou aqui em casa. Casa ou paga."

Nem olhei os detalhes. "Casa ou paga"? Fui direto ao total. Barbaridade! Só não fiquei certo foi quanto à quantidade de lanches. Bem que ele poderia ter lançado alguns a mais. De qualquer forma, lembrei de minha velha e sábia avó italiana e seus "ditados". Coitada, ela não sabia falar corretamente o português e eu não conseguia entender direito o que ela dizia. Até hoje não entendi o sentido dessa frase. Talvez por ser italiano arcaico. Vou escrever exatamente o que eu ouvia. Talvez vocês entendam e possam esclarecer-me. Mas, numa situação dessas, ela costumava, sempre, dizer o seguinte "ditado"

"Dé lus mális, u minori!"

Entenderam? Eu também não! Porém, precisava decidir-me. Ou seja era o momento exato para o casamento. Casei-me! Era o que tinha que fazer, diante de conta tão alta (e isso porque ele, generosamente, não lançou os 10% do garçom).

3-Garantia de continuidade

Dizem que alguns casamentos são para toda a vida. O meu é! Isso porque, quando casei, pedi ao sogrão um documento de quitação da dívida. Muito vivo, ele respondeu:

"Nada disso! É minha garantia de que você não irá devolvê-la." E guardou o calhamaço. Compreendi direitinho o recado: "se não quiser pagar a conta, terá que ficar casado com ela a vida toda. É sem direito de devolução!"

Entendeu? É isso! A receita corretinha para um casamento perfeito, até que a morte os separe.

Abração,
JF

(NESO - 22/12/2008)

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CONTANDO UMA HISTORINHA

Meus queridos.

Andei sumida por causa do movimento de final de ano, pois quero ver se consigo ficar duas semanas sem trabalhar, somente curtindo a família.

Gostaria de contar uma historinha, aproveitando para matar a curiosidade da Sonalli:

Duas crianças que não se conheciam.

Através de amigos do irmão da menina, eles se conheceram e, durante dois anos, formaram um grupo de amigos, onde o rapaz tímido (na época um "mancebo" de 20 anos) só podia sentir amizade, por uma "menininha" falante e barulhenta de 14 anos.

Final do ano de 1964. Muitos bailes de formatura, "obrigatórios" naquela época. Os amigos, como sempre, não perdiam nenhum deles. Dançavam bastante, em geral, com pessoas conhecidas, mas não da mesma turma, embora estivessem todos sempre perto uns dos outros. Nesta turma de amigos já havia dois casais de namorados e, um novo par se formou.

Naquele fim-de-semana de 12 e 13 de dezembro (sábado e domingo) haviam sido convidados para dois bailes. Piores do que "arroz-de-festa", nenhum deles faltou aos dois.

Segunda-feira, 14 de dezembro de 1968. À noitinha toca o telefone, uma "moleca" de 16 anos, disputa uma corrida com o irmão para poder chegar primeiro. Ao atender, o coração dispara ao ouvir uma voz tímida, mas já tão querida perguntar:

- Você quer namorar comigo ?

A resposta foi rápida e direta : - SE QUERO !!!

E, assim, começou o namoro, que hoje completa 44 anos.

O noivado foi em 06 de janeiro de 1968 e o casamento em 16 de maio de 1969. Foram datas inesquecíveis e emocionantes , que só se tornaram possíveis, porque apesar de ter pouca idade, tive a felicidade de perceber que o Zeca seria o amor da minha vida.

Nestes 44 anos juntos, o namoro continua cada vez mais firme, agora, com a cumplicidade dos filhos, genro, nora e netas.

É maravilhoso podermos envelhecer juntos, mantendo nossos corações sempre jovens e apaixonados. Até hoje, a minha resposta é sempre : SE QUERO!

Beijos

Nina

(NESO - 14/12/2008)

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Esses são os dois lados da história. Eu ainda completaria minha receita dizendo que é a "receita do casamento eterno". Por que?

Já pensaram no dia em que eu passar "para o lado de lá"?

Vou chegar ao balcão da Recepção:

"Bom dia, São Pedro. Posso ficar por aqui?"

"Claro, meu filho. Sua reserva está feita, mas tem alguém querendo falar com você."

Olho para o fundo da sala e vejo ele lá. De camisolão branco, um par de asas nas costas, uma auréola de luz iluminando sua calva, e um calhamaço de papéis já amarelados pelo tempo nas mãos. Isso mesmo! O sogrão! Ele nem precisa falar, pois o sorrisinho maroto já o diz:

"Continua casado ou paga a conta!"

E, assim, o casamento permanecerá eterno.

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Gentes, no próximo dia 16 de maio, a Nina e eu estaremos completando 40 anos de um casamento muito feliz. Ela só mudou a cor dos cabelos: assumiu os cabelos brancos. No mais, continua igualzinha. Sempre falante, sempre alegre, sempre carinhosa, sempre companheira.

Se um dia, lá na frente, me for dada a oportunidade de voltar à Terra para uma segunda vida, a primeira coisa que eu farei será correr lá para a Vila Mariana para pedi-la em namoro, antes que algum espertinho a encontre primeiro. E, assim, mais uma vez viver tudo de novo, mas inteiramente igual, sem tirar nem por, o nosso amor.

Abração,

JF




quinta-feira, abril 09, 2009

M.S.T. e I. ou: salve a dupla Bell e Bill!

Pessoal,

No momento, estou inscrito do M.S.T. e I.

O que é isso?

É o Movimento dos Sem Telefone e Sem Internet. Poderia acrescentar, também, Sem Celular. Afinal, lá no sítio, o Vivo é mudo. Não pega nenhum sinal.

Há tempos eu vinha pedindo uma boa chuva. Porém, acho que insisti demais e o que veio, domingo passado, foi uma tremenda tempestade. É no que dá ser ganancioso!

Pois bem, caiu uma faisca em um poste por onde passavam o fio telefônico e o fio que transmitia o sinal de internet da antena de rádio para minha casa. Não deu outra! Fiquei sem o aparelho do Grahan Bell e sem poder utilizar o serviço que é a alegria do Bill Gates.

Viva a sociedade Bell & Bill!

E A BICHARADA LÁ DO SÍTIO?

Como vocês já estão carecas de saber, o que tem aumentado de animais silvestres, lá na minha região, "não está no gibi" (para usar uma expressão da época em que meu amigo Marco, lá do Antigas Ternuras, manobrava a arca com o Noé, lá no rio Tietê)!

Segundo uma bióloga, só de saguis e macacos são seis espécies diferentes. Além dos caxinguelês, lebres e aves mil. Além dos ouriços!

Muito legal, não fosse o aparecimento cada vez mais frequente de cobras. Há anos não víamos tanta cobra. De vez em quando aparecia uma ou outra inofensiva "limpa campo", mas não passava disso. Entretanto, nos últimos tempos, as "limpa campo" se escafederam (outra expressão para o Marco nos explicar) e as jararacas começaram a aparecer no pedaço. Quando falo em jararacas, não estou fazendo alusão a nenhuma parente obtida legalmente e sim às cobras, mesmo! Daquelas mais venenosas que sog... Enfim, mais venenosas que sei lá quê! Só ontem foram duas!

Antigamente, no começo do sítio, lá pelos anos 70, eram comuns. Depois, praticamente desapareceram. Naquela época eu tinha o costume de capturar as cobras e levá-las de presente para o Instituto Butantã. Estou precisando, novamente, deixar uma caixas em estoque para refazer este tipo de "distração". Lógico que capturar cobras e levá-las ao Instituto rendeu algumas histórias. Já contei para vocês a história da cobra que fugiu da caixa e se escondeu dentro do meu carro? Não? Numa próxima vez eu conto. Prometo!

Uma boa Páscoa para todos!

Abração,
JF

domingo, março 22, 2009

FEIJÃO, FEIJÃO! ERA SÓ FEIJÃO, FEIJÃO...


Dia desses, recebi um arquivo com a música “Comida de Pensão”, de Francisco Balbi e Miguel Miranda, numa interpretação inesquecível de Ivon Curi.


O Ivon, para aqueles que só o conheceram como um dos personagens das mil e uma escolinhas malucas apresentadas como programas cômicos da televisão, foi um grande cantor de rádio, ainda na época em que o Chateaubriand não havia dado à luz a TV brasileira. E, depois da luz, também um grande cantor na TV.


Mas, a música conta a história de um rapaz que morava em uma pensão, onde eram servidos apenas pratos à base de feijão. O próprio aperitivo não fugia à regra: batida de feijão. Sobremesa? Doce de feijão! O coitado já não agüentava mais tanto feijão.


Isso me fez voltar aos tempos de juventude, lá pelos anos de... nem lembro mais!


Meus pais, embora morando em São Paulo, eram originários do interior do estado, de uma época em que as estradas eram precárias, não existiam linhas regulares de ônibus, e assim por diante. Estou até para dizer que a força das locomotivas não era avaliada em “cavalos-vapor” mas em “burros-que-puxam”. Mas, não vem ao caso. Foi apenas para situar os dois no tempo, no espaço, nos gostos e nos costumes. Ou seja: de uma época em que as casas tinham quintais com muitas plantas, árvores, verduras, e até galinhas e perus. E, os dois vindo para a capital, com o correr dos anos, à medida em que as condições permitiam, mudavam sempre para casas com quintais cada vez maiores e, assim, cada vez com mais plantas e bichos.


A casa do Itaim, num terreno de 1.200 m2, tinha um quintal imenso. Nesse quintal, além das outras frutíferas que eles plantaram, já existiam três jabuticabeiras e uma enorme ameixeira.


É lógico que eu herdei a parte genética dos dois no que diz respeito a gostar muito de plantas. E foi assim que, em certa ocasião, plantei um chuchu que estava brotando.


Gente! Vocês precisam ver como um chuchuzeiro cresce rápido. Não demorou muito e a planta tomou conta da copa da ameixeira. A quantidade de chuchus, tenho a impressão, seria suficiente para abastecer toda a rede Pão de Açúcar, se meus pais resolvessem vender a safra. Mas, os chuchus não eram vendidos. Os chuchus eram consumidos em casa mesmo! Vocês não imaginam como minha mãe era criativa, quando se tratava de utilizar os chuchus para o almoço e para o jantar. Era chuchu de todas as formas possíveis. Como na música “Comida de Pensão”.


No começo, fiquei muito orgulhoso por ter tido a idéia de plantar aquele maravilhoso pé de chuchu que, se totalmente estendido e colocado em uma posição vertical, certamente chegaria às nuvens e à casa do gigante. Poderíamos então, se isso tivesse sido feito, ter a historia “JF e o pé de chuchu”.


Mas, os dias foram passando, minha mãe sempre preparando os pratos à base de chuchu, e nada do chuchuzeiro maluco parar de produzir chuchus. Meus pais adoravam comer chuchus. Minhas irmãs e eu já não agüentávamos mais. Como na música, se ficássemos intoxicados com os chuchus, possivelmente minha mãe nos curasse com boas doses de chá de chuchu.


Lembro-me até que, nós três, parodiando o Ivon Curi, cantávamos:


“Chuchu, chuchu, chuchu.

Era só chuchu, chuchu...”


Chegou num ponto que eu precisava tomar uma atitude. Não era mais possível. A casa já não comportava os dois juntos. Um tinha de ir embora. Como eu ainda não estava no ponto para me casar, sobrou para o pé de chuchu.


Um dia, meus pais estando em viagem, cortei o chuchuzeiro bem rente à terra. Em seguida, enterrei a ponta da planta cortada de tal forma que ninguém percebesse nada.


Quando meus pais voltaram, minha mãe estranhou muito que uma planta tão viçosa murchasse em tão pouco tempo. Possivelmente, tentava explicar, a produção excessiva tinha matado a planta. Totalmente pesaroso com o “desastre”, concordei com ela. Só podia ser isso. Produziu tanto chuchu que consumiu todas as forças da planta. Uma judiação!


Em poucos dias a planta estava morta, seca, os chuchus acabados, assim como acabados estavam os pratos preparados à base de chuchu. Retirei toda a ramagem seca que cobria a ameixeira e, em pouco tempo, a história do pé de chuchu que dava chuchu “prá chuchu” acabou quase que esquecida.


Quase porque, uns trinta anos depois, meus pais já morando no sítio, minha mãe, não sei por que cargas d’água, lembrou-se do chuchuzeiro e de sua morte repentina. Foi nessa hora que contei a ela a forma como havia morrido a planta. Felizmente ela estava de bom humor e a história rendeu muita risada.


Não sei a razão, mas, hoje em dia, aqui no sítio, não tenho nenhum sucesso no plantio de chuchus, ao contrário do que acontece com outras plantas, principalmente as ameixeiras. Na última tentativa, por exemplo, o chuchuzeiro até que se desenvolveu, mas os macacos acabaram comendo todos os chuchus, ainda antes de chegarem ao ponto de serem colhidos (colhidos os chuchus e não os macacos!).


Por outro lado, as ameixeiras produzem muito. E, se algum caroço cai na terra, logo está brotando nova ameixeira.


Coincidência? Acho que não. Sei que é um tanto difícil de acreditar, pois eu mesmo fico em dúvida. Mas, no dia em que cortei o pé de chuchu, tenho quase que certeza de ter ouvido a ameixeira dizer:


“Obrigada, amigão! Não agüentava mais esse chato me deixando sem ar e sem sol!”


- A FOTO: de 1935, em uma praça de São Carlos-SP, início do namoro entre a Amélia e o Amélio. Parece nome de dupla caipira mista, não é mesmo? Mas... são meus pais.


FAMILIA JACARÉ EM AÇÃO

No próximo sábado (28), o grupo "Família Jacaré" (nós, modéstia à parte) estará em São Paulo cantando em um Sarau entre amigos.


E, no dia 31, estaremos participando do evento "Foco Femina - em performances e Som" que terá como tema principal o universo feminino. O evento acontecerá no "Espaço 1", no Alto da Lapa, em Sampa, e está sendo coordenado pela poetisa Lunna Guedes. O "Família Jacaré" estará apresentando uma seleção de músicas voltadas às mulheres.


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Abração a todos,

JF


sábado, março 07, 2009

OLHO NO OLHO, COM UMA FERA


Gentes,

Essa minha mudança para o sítio está me trazendo momentos de aventuras com animais que eu nunca havia sonhado. Difícil o dia em que não haja alguma historinha interessante.

Outro dia, estava fotografando um urubu pousado sobre um poste de uns cinco metro de altura. Portanto, uma distância curta que faria com que qualquer outra ave fugisse espavorida. Pois o urubu, não! Calmamente, me observava, enquanto a máquina ia dando seus “clicks”. Até que acionei o “zoon”, para fotografá-lo em ponto maior. Pois bastou o leve zumbido do mecanismo para que ele abrisse totalmente as asas, voltado para mim e sem sair do lugar, mostrando toda sua magnífica envergadura de asas, numa pose de fazer inveja a qualquer modelo fotográfico profissional. Porém, para seu azar, o fotógrafo não é tão bom e não levou muito em conta a luminosidade que não era favorável. Uma pena!

Ontem, sai para ver umas plantas. Ao aproximar-me de uma jabuticabeira, comecei a ouvir uns guinchos, sinal de caxinguelê bem próximo.

Vocês sabem o que é caxinguelê? É também conhecido por serelepe, ou por esquilo. Quem já viu os desenhos animados ou as revistinhas do Disney, deve lembrar-se dos esquilos Tico e Teco. Pois é! É um Tico. Ou um Teco, como queiram.

Normalmente, quando alguém se aproxima, eles fogem rapidamente. Pois esse Teco do qual quero falar, não. Ficou lá guinchando, olhando para mim, muito bravo com minha presença. Era óbvio que alguma coisa estava acontecendo por ali. Caxinguelê nenhum fica a três metros de uma pessoa, sem um motivo muito especial.

Enquanto Teco ficava esbravejando, pulando para o chão, subindo na outra jabuticabeira, voltando ao chão e retornando à primeira jabuticabeira, e repetindo toda essa movimentação, como se quisesse me assustar, procurei ver o que acontecia. Um segundo caxinguelê, na primeira jabuticabeira, procurava manter sua presença oculta, por trás da galharia da arvore. Vez ou outra mostrava sua cabeça, tentando ver se eu ainda estava por ali.

Tentei entender. Haveria, por ali, algum esconderijo de sementes, que eles costumam ter? Ou seria a toca do casalzinho? Não me pareceu.

Seriam dois prestimosos pais levando seus filhotes para passear? Neste caso, enquanto mamãe procurava manter a ninhada escondida, papai tratava de defender sua família? Era uma hipótese, já que o segundo esquilo, ao invés de fugir, visivelmente procurava se ocultar e, talvez, à filharada.

Ou então, o Teco ainda estava “cantando” a Tica e, enciumado, me viu como um possível rival e quisesse disputá-la no braço?

A situação exigia pensamento e ação rápidos. Passar por eles ou voltar para trás? Não tive dúvidas. Vagarosamente, sempre olhos nos olhos com o Teco, fui recuando, recuando, até virar-me e sair correndo.

Correndo para ir buscar a máquina fotográfica! Afinal, não é todo dia que temos o espetáculo imperdível de um esquilo de uns 20 centímetros de altura, com uns 30 centímetros da ponta do focinho à ponta da cauda, com o pelo do rabo todo eriçado, nervoso, pulando na nossa frente como se dissesse:

“Não vem, não! Não vem que eu sou grande e acabo com você!!!”

Voltei bem rápido com a máquina, mas eles já haviam sumido.

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Obs: foto de Ruy Salaverry, no endereço:

http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/mamifero/images/caxing.jpg


HUMORACIDO

Minha amiga Ethel Scliar, do blog HUMORACIDO, está de volta. Seu endereço?

http://womarket1.blogspot.com/

A Scliar costuma comentar aquelas notícias de jornais que costumam ficar entaladas nas nossas gargantas. Vejam seus comentários sobre os 3.000 professores que tiveram nota ZERO nos exames de avalição.

OLHA QUE BLOG MANEIRO!

Minha amiga Maria Helena, do blog CAMINHO SUAVE, que não conheço pessoalmente mas imagino ser uma pessoa com muita sensibilidade, muito delicada, presenteou-me com o selo "OLHA QUE BLOG MANEIRO!". Muito obrigado pela lembrança, Maria Helena.

Não deixem de conhecer este blog: http://caminhosuavedamaria.blogspot.com/

Aliás, prometo a todos que vou atualizar minha galeria de selos. Já são diversos que ainda não foram colocados. Mas, eu chego lá! Por agora, o importante é que estou voltando às atividades bloguísticas. Tanto neste (já tenho alguns textos prontos) como, nos próximos dias, no Blog do Eddie Wood - http://www.edbeagle.blogspot.com/ Para quem não sabe, neste último, exerço o papel de digitador para as histórias que me são ditadas pelo Eddie Wood, um legítimo malandro/comilão/ desobediente/bagunceiro/destruidor/dorminhoco cão da raça beagle. Nestas alturas, já não sei mais se sou o seu dono ou se é ele que manda em mim.

EXPOSIÇÃO DE ORQUÍDEAS EM VINHEDO/SP

Nos próximos dias 17 a 19 de abril, nós, do Clube Amigos da Orquídea-ViVa, CAO-ViVa, de Vinhedo/SP, estaremos realizando nossa exposição anual. Na próxima postagem, trarei maiores detalhes.

Abração,

JF