sexta-feira, dezembro 31, 2010

PÓ DE GIZ

Àqueles que disseram, na blogagem anterior, que não gostariam de terem sido meus alunos, devo informar que, modéstia à parte, eu era um professor muito querido por eles. Mesmo bem depois de ter encerrado meu período de magistério, várias vezes recebi manifestações de carinho de antigos alunos. Mas, não era disso que eu queria falar e deixo isso para outra ocasião. Queria mesmo contar outra historinha.

Em uma das escolas onde lecionei, havia um curso pós segundo grau, sem ser nível universitário, onde eu dava aulas em um curso de secretárias trilíngues (português, alemão, inglês). Sempre fui muito paciente, mas, certa ocasião, nem lembro mais o porquê, as meninas me tiraram do sério e eu explodi. Foi uma bronca daquelas de ninguém botar defeito. O silêncio da classe era tão grande que seria possível ouvir um mosquito respirar. No auge da bronca, para dar maior ênfase, resolvi dar uma tremenda pancada na mesa. Lógico que não foi com a mão que eu não era besta! Eu tinha uma caixa de giz enorme, cuja tampa era o apagador. Era uma caixa bem grande, onde eu tinha um monte de giz branco, e mais giz de diversas cores, já que eu usava demais o quadro-negro.

Bom, quando dei a pancada com a caixa de giz na mesa, ela explodiu com estrondo. A caixa, não a mesa! Foi giz voando pela classe toda, acertando nas alunas, caindo pelo chão, deixando minha mesa com uma grossa camada de pó branco.

Nessa altura, a ira se transformou em espanto e o espanto em vontade de dar risada. Cair na gargalhada, mesmo! Porém, um sorrisinho que fosse e minha autoridade perante a classe iria para o brejo. As alunas, por sua vez, continuavam absolutamente em silêncio, uma ou outra até um tanto suja de giz, ou com pedaços de giz sobre seus cadernos e livros. Mas, o leve tremor dos cantos de suas bocas e olhos as denunciavam. Estavam doidas para cair na gargalhada, mas quem era suficientemente doida de rir do professor, numa situação dessas?

E foi assim que, sem nenhum sorrisinho que fosse, embora professor e alunas quisessem todos cair na gargalhada, terminou a bronca e a aula continuou normalmente.

Aquela turma se formou – curso de dois anos – e nunca o assunto foi comentado. Passados muitos anos, certa vez encontrei uma das meninas, agora já casada, com filhos, e recordamos a história. Agora, sim! A aluna sem medo do professor, o professor sem medo de perder a autoridade perante a classe, os dois rimos muito da comicidade ridícula daquele momento.
            _            _            _            _            _

Pessoal,

Não deixem de ler as aventuras de meu cão beagle, caçador de coelhos, no blogue dele, o http://www.edbeagle.blogspot.com/  Como voces já devem saber, o Ed Wood (o cão) vai ditando as aventuras e eu vou digitando.

Abração e um feliz 2011 para todos.
JF

segunda-feira, dezembro 20, 2010

HOMENAGEM AO PROFESSOR - E FELIZ NATAL!

Na última postagem, contei que, por vinte e dois anos, fui professor de cursos técnicos. Muita historinha restou para ser contada. AÍ vai uma.


Eu dava aulas à noite em uma escola em Santana, do outro lado da cidade. Era um sufoco ir até lá após o trabalho, enfrentando um trânsito horrível. Nas chamadas “pontes”, aqueles dias entre feriados e finais de semana, os alunos, muitas vezes, cabulavam as aulas. E aí o diretor dispensava o professor, que ia para casa mais cedo.

Pois bem, uma ocasião, dia “ponte”, fui para a escola certo de que iria mais cedo para casa, já esperando pela cabulação geral. Pois não é que, surpreendentemente, quando entro na classe, encontro três alunos? Quarenta e dois faltaram!

Aí veio a explicação:

“Professor, nós viemos à aula porque achamos que a ausência coletiva é falta de respeito com o senhor.”

Pode uma coisa dessas? A “consciência” desses alunos me deixou deveras “comovido”. Assim, ainda “emocionado”, respondi:

“Fico muito agradecido a vocês. Mas, como não há condições de dar matéria nova, pois isso iria atrapalhar o andamento das aulas, e nem de ficarmos uns olhando para a cara dos outros sem fazer nada, vamos de “prova surpresa”.

E lasquei uma provinha, daquelas de aluno nenhum conseguir acertar. E assim cumprimos com o horário das aulas, ocupados até às onze da noite.

O interessante é que, depois disso, nunca mais os alunos me prestaram esse tipo de homenagem. Estranho!

                   -         -         -         -         -         -
 
CÃO NO LAGO
 
Gentes, meu cão beagle, o Ed, postou uma blogagemem linguagem canina, embora ele tenha um secretário-digitador, contando de suas experiência de cair dento do lago e não saber como sair. Não deixem de ler. O endereço http://edbeagle.blogspot.com/
 
                  -         -         -         -         -         -
 
FELIZ NATAL
 
Quero desejar a todos um feliz Natal, repleto de boas surpresas, na companhia das pessoas queridas.
 




Como em matéria de desenho eu mal sei desenhar o "zero", os artistas desenhistas da família são minha filha Lu Farias - http://eeepa.blogspot.com/  e  http://lucianadesenhista.blogspot.com/ - e o meu genro Vagner, tomo a liberdade de copiar e enviar a todos o bonito cartão de Natal feito pela minha amiga internauta, a Luma Rosa, publicado no seu blog  http://luzdeluma.blogspot.com/  O que está expresso no cartão da Luma eu desejo a todos. E, dando continuidade ao movimento no qual ela entrou, enviem um cartão de Natal aos seus amigos blogueiros.
 
Aliás, convido todos para conhecerem o blog "Luz de Luma, Yes Party!". Um blog muito bem cuidado e feito com muita sensibilidade. O link está aí ao lado, na relação dos blogs amigos, mas, se tiverem dificuldade de encontrar, repito o endereço:  http://luzdeluma.blogspot.com/
 
                    -         -         -         -         -         -         -
Abração a todos e até breve.
JF