segunda-feira, março 04, 2013

QUE LOUCURA!!!...


Dizem que colecionar é um hábito saudável. Vocês colecionam alguma coisa? Tem gente que coleciona selos. Tem quem colecione moedas. Há os que colecionam orquídeas. E cactos. E vários tipos de plantas.

Quando eu era criança, existiam as coleções de figurinhas. Em geral, eram pequenas estampas com a foto de jogadores de futebol e vinham envolvendo balas que comprávamos no armazém. Depois, as figurinhas passaram a vir em envelopes que eram comprados nos jornaleiros. Muito antes disso, existiram as famosas estampas Eucalol, que acompanhavam os sabonetes dessa marca e que, até hoje, ainda são objeto de trocas entre colecionadores.

Porém, selos, moedas, plantas, figurinhas, tudo isso sempre esteve dentro das coleções normais e previsíveis. Assim como, em certa época, eram previsíveis as coleções de carteirinhas de fósforos, de lápis de propaganda, de chaveiros, de discos 78 ou 33 rpm, de bonecas Barbie. Hoje, existem até, imaginem, os que colecionam ferraris. 

Mas, tem gente com umas coleções esquisitas. Conheço duas pessoas que colecionam as latinhas de alumínio de refrigerantes e cervejas. Um deles tem mais de 1.500 latinhas nacionais e estrangeiras dispostas em vários armários envidraçados. E, pasmem, todas elas cheias com seus respectivos conteúdos. Nunca foram abertas e latinha vazia é desprezada. Juro! Porém, uma coleção que entendo ainda mais estranha é uma que se deriva desta coleção de latinhas de refrigerantes e cervejas. É a coleção de garrafas PET do meu filho. Qualquer garrafa PET? Não! A coleção dele é especializada em PETs de 2 litros, de refrigerantes! Umas trezentas PETs. É óbvio que essa coleção não cabe no apartamento dele, já completamente atulhado com coleções de revistas, gibis, mangás, e congêneres. Sem falar que, felizmente, ele se convenceu que nunca mais iria conseguir reler sua coleção de recortes de jornal e jogou fora esse paciente trabalho de tesoura, de muitos anos.

Voltando às PETs. Quando ele se convenceu que elas não cabiam em seu apartamento (eram elas ou a namorada), apelou para a solução mais simples: a casa do pai. Só que o pai, em determinado momento, resolveu mudar de São Paulo para o sítio, em Itatiba. Vocês precisavam ver a cara de incredulidade do pessoal da Granero colocando aquele monte de garrafas plásticas dentro daquelas caixas enormes de papelão e, depois, colocando essas caixas enormes dentro do caminhão. Devem ter pensado que eu era louco. Afinal, eu não expliquei a eles que a coleção era do meu filho, que teve sua imagem preservada, e não minha. No sítio, minha primeira providência foi esvaziar uma porção de garrafas que ainda continham seus devidos produtos.

E passaram-se cinco anos, desde nossa mudança. E foram cinco anos reclamando com ele para que desse um fim a tudo aquilo. Ou que, ao menos, me permitisse construir uma jangada com elas, para que eu brincasse de Simbad, o marujo, no lago do sítio. Uma amiga até se prontificou a me dar a cola que uniria as trezentas garrafas, já pensando em uma publicidade gratuita para sua empresa. Só não fiz a jangada por considerar essa amiga uma cientista louca e por não saber nadar. Sei lá se a cola não era solúvel em água? E foi nessa altura dos cinco anos que vieram os cupins e se encarregaram de apressar as coisas. Atacaram as PETs? Antes fosse isso! Atacaram o madeiramento do telhado do depósito onde elas estavam guardadas juntamente com uma enorme quantidade de tranqueiras, daquelas que a gente vai guardando para utilizar na ocasião propícia, sendo que essa ocasião propícia não chegará nunca, nem na terceira geração de nossos pósteros. E eu precisei esvaziar o depósito. Meu filho foi compreensível e permitiu, finalmente, que eu me desfizesse das PETs, para alegria de algum reciclador daqui de Itatiba. Porém, com uma condição. Ou duas! Primeiramente, eu deverei fotografar as PETs. Todas elas. Segundamente, como diria o Coronel Odorico Paraguaçu, deverei remover os rótulos, de cada PET, para entregar a ele como "memórias" de sua coleção.

E foi dessa forma que, de uma hora para outra, transformei-me em fotógrafo de PETs. O que um pai não faz por seu filho? É nessas horas que lembro do poema de Coelho Neto: “Ser pai é padecer num paraíso”. Ou algo mais ou menos assim.
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OS BICHOS, NO SÍTIO

E aí vai mais um dos animaizinhos quem andam por aqui: o caxinguelê. Também conhecido, por aí, como serelepe, esquilo, caxixê, etc.

Muito ágeis, muito rápidos. É lindo ver um caxinguelê carregando um filhote. O filho se enrola feito uma bola e o caxinguelê (não sei se a mãe ou o pai) o pega com a boca e o leva embora.

Entre outras coisas que comem, gostam muito dos coquinhos das palmeiras. Conseguem, roendo, fazer um pequeno orifício na casca dura para comer a polpa.
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EXPOSIÇÃO NACIONAL DE ORQUÍDEAS

Nos dias 19 a 21 de abril, na cidade de Vinhedo/SP, no Parque Municipal Jaime Ferragutti, bem na entrada da cidade, nós do Clube Amigos da Orquídea-Viva, de Vinhedo, com o apoio da Prefeitura Municipal, estaremos realizando nossa 14ª Exposição Nacional de Orquídeas. Aberta ao público nos dias 20 e 21, com entrada franca, estacionamento dentro do Parque, cursos gratuitos de cultivo, vendas de plantas, insumos, livros e revistas, e até camisetas. A exposição vem crescendo a cada ano. Em 2012, foram expostas 1.205 plantas floridas. Para este ano, esperamos uma quantidade ainda maior.

Na foto, uma parcial de minha Vanda tricolor 'suavis' instalada em árvore a quase 40 anos. Na floração de 2012 foram mais de 600 flores abertas ao mesmo tempo (setembro/outubro).
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Abração a todos e até à próxima postagem.

JF